O presidente Jair Bolsonaro, que sempre menosprezou a pandemia, descobriu a pólvora sem fazer barulho. Assim que começou a dar um auxílio emergencial por conta do coronavírus e viu que sua aprovação aumentava, decidiu na manhã desta terça-feira (1), prorrogar essa ajuda até o mês de dezembro. Serão 300 reais por mês. Bolsonaro se atrapalhou dizendo que o aumento era maior que o valor do “salário mínimo” e foi corrigido por seus auxiliares: “maior que o Bolsa Família”. Entusiasmados, seus auxiliares disseram que o Brasil, agora sim, vai decolar. Tudo leva a crer que não vai parar por aí. Resta saber se, um dia, esse auxílio vai acabar. Se acabar, sua aprovação pode cair e a preocupação número 1 do presidente da República é se reeleger em 2022. Os comentaristas dos canais à cabo, entusiasmados, em momento algum ligaram essa ajuda às eleições de 2022. A mais entusiasmada era Ana Flor, da GloboNews. O anúncio foi feito poucos minutos depois do anúncio do PIB do segundo trimestre: uma queda de 9,7%. Mas isso é outra história, não é mesmo Ana Flor?