O SOL EXTRA

DO GLOBO.COM

RIO —  O médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), e a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, presos nesta quinta-feira acusados de envolvimento na morte do filho de Monique, serão indiciados por homicídio duplamente qualificado. Após um mês de investigações, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), acredita ainda que o casal torturou o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, sem chance de defesa. Se condenados, eles podem ficar até 30 anos presos.

O parlamentar, que foi afastado pelo seu partido e pode perder seu cargo, “impunha uma rotina da violência ao enteado”. É o que concluíram as investigações da Polícia Civil após ouvir 18 testemunhas no inquérito. Para o delegado, “há provas contundentes que revelam fundadas razões de autoria de crime hediondo”

— Essa investigação começou como um acidente doméstico. Mas a equipe do doutor Damasceno (Henrique Damasceno, delegado-titular da 16ª DP) percebeu que algo estava errado. A perícia técnica acompanhou (a investigação), assim como o Ministério Público. Era um local onde não existiam câmeras ou testemunhas. Mas, hoje, o caso está praticamente encerrado — disse Antenor Lopes Júnior, diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), que acrescentou que o caso “foi sensível e delicado”

Foram feitas perícias também nos 11 celulares e computadores apreendidos com o pai do menino, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, além da sua ex-mulher e do vereador. Eles conseguiram recuperar mensagens trocadas entre a professora e a babá do menino, em 12 de fevereiro, que mostram a funcionária alertando a patroa sobre as agressões cometidas por Jairinho.

O depoimento da babá, inclusive, foi um dos fundamentos para o pedido de prisão. De acordo com a polícia, ela teria mentido e afirmado que a família vivia em harmonia e que nunca havia presenciado nenhuma anormalidade no apartamento onde moravam no condomínio Majestic, na Barra da Tijuca. Para a polícia, que já sabe que a criança levava do parlamentar chutes, bandas e pancadas na cabeça com o conhecimento de Monique, Thayna de Oliveira Ferreira, de 25 anos, poderia estar sendo influenciada pelo casal. Nesta quinta-feira, além da prisão do casal, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Thayna e apreenderam o celular dela.

O delegado Henrique Damasceno destacou ainda que foi descoberto outro caso de agressão do qual Jairinho é suspeito e é investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). E que, nas conversas entre Monique e a babá de Henry ficou constatada que o menino vivia uma rotina de violência.

— No telefone da mãe encontramos prints de conversas que foram relevantes. Essas conversas eram do dia 2 de fevereiro, entre a mãe e a babá, na qual ficou revelada uma rotina de violência que o Henry sofria. A babá diz que o Henry relatou a ela que o padrasto pegou pelo braço e deu uma banda e o chutou. Ficou claro que houve lesão, já que a babá fala que o Henry estava mancando e não deixou que ela lavasse sua cabeça, que estava machucada — revelou o policial.

Além das agressões de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), contra o menino, o depoimento prestado pela babá Thayna de Oliveira Ferreira, de 25 anos, ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), foi um dos fundamentos para o pedido de prisão do vereador e de sua namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, por suspeita de envolvimento na morte do filho dela. A funcionária mentiu ao garantir que a família vivia em harmonia e que nunca havia presenciado nenhuma anormalidade no apartamento onde moravam no condomínio Majestic, na Barra da Tijuca.

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