O ex-chanceler Ernesto Araújo mexeu os seus pauzinhos para inundar o Brasil de cloroquina. Vai ter de se explicar na CPI da Pandemia.
Resumindo: o ministro da Saúde ficou de recuperação
Foto de arquivo de Fernando Collor? Não, foto mostra Bolsonaro no domingo, 09/05/21
Na foto em destaque na primeira página mostra o estado de um indígena da etnia Yanomami
João Montanaro na página A2
Lembra da promessa do candidato Bolsonaro, afirmando que ia acabar a mamata?
Óbvio!
Na foto em destaque na primeira página, mais um Dia das Mães sem beijos e abraços
A arquiteta Lina Bo Bardi acaba de ganhar duas volumosas biografias: uma pela Todavia e outra pela Companhia das Letras
Lembramos que os professores ainda não foram vacinados
Tudo indica que objetivo da operação era matar
Retrato da tristeza no Cemitério do Parque Tarumã, em Manaus
Protestos pelo mundo estão evitando grandes tragédias
Na capa da alemã Der Spiegel, as crianças da crise
O suplemento Robinson, do jornal italiano La Repubblica, publica texto inédito do escritor americano Ernest Hemingway que fazia parte do livro O Velho e o Mar
NO CARDÁPIO DESTA SEMANA:
Bem pequeno, ele bebeu uns goles de água sanitária que estava numa garrafa de guaraná, deixada no chão, perto da porta do banheiro, enquanto a empregada lavava o boxe. Praticamente perdeu os dentes de leite e foi salvo pela mãe que correu com ele para o pronto socorro. Bebeu uns dois litros de leite, o pobre coitado.
Menino feito, criava passarinhos, pombos, porquinhos-da-índia e coelhos. Cuidava com esmero da bicharada. Passava o sábado limpando tudo com muita água, sabão e muita creolina.
Odiava matemática e as notas no boletim sempre vinham em vermelho. Se salvava no fim do ano quando o pai assumia as aulas particulares com um livro do Trajano ao lado. Passava raspando todo ano.
Gostava de jogar bola no campinho de terra do bairro e sempre no gol. Ficou traumatizado depois de levar um golaço de Pimenta aos vinte segundos de jogo. Nunca mais vestiu aquelas luvas e aquelas joelheiras, paramento de todo goleiro.
Aos domingos costumava ir ao Mercado Central com o pai. Enquanto ele assistia a missa, ele ficava observando aqueles pombos em gaiolas minúsculas, pombos brancos que ele sonhava um dia ter um casal.
Comia de tudo. Até mesmo miolo de boi à milanesa que a mãe fazia. Angu, todos os dias. Era louco com a bacalhoada ao forno que o pai preparava na Páscoa, e um creme de aspargos que fazia nos dias de festa.
Nunca foi para a escola no dia do seu aniversário. Era o presente que a mãe lhe dava todos os anos. Fugia do mico do parabéns pra você e dos cumprimentos que o deixava rubro de vergonha.
Aos onze anos mudou-se pra Brasília e, encantado com os projetos de Lucio Costa e as curvas de Niemeyer, chegou a pensar em fazer Arquitetura. Desistiu quando soube que era preciso ser bom em matemática.
Voltou pra sua terra natal uns anos depois e foi na pequena cidade onde nasceu o seu pai, que encontrou o seu primeiro amor. Deu a ela de presente o álbum branco dos Beatles, mas o namoro durou pouco. Passou muito tempo imaginando Teresa ouvindo Sexy Sade.
Na juventude, deixou o cabelo crescer, abriu a boca da calça Lee, manchou as camisetas com água sanitária, calçou tamanco nos pés.
No curso científico, era ruim em química e física. Na véspera de provas, apareciam pelo seu corpo furúnculos e mais furúnculos. Isso é nervoso, dizia sua mãe ao médico que receitava curativos com basilicão quente.
Viajou de carona pra Salvador, pra Brasília, pra Cataguases, pra Ouro Preto, mas nunca conseguiu chegar a Conceição do Mato Dentro, que era o seu sonho.
Nunca gostou de nadar, nunca gostou de dançar. O primeiro emprego foi no Laboratório de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura. Se apaixonou pelas plantas e pensou em ser engenheiro agrônomo.
Poucos meses antes de fazer o vestibular para Medicina, ganhou um concurso de contos no Sul do país e mudou de ideia.
Foi orador da turma do ginásio no Colégio Tito Novais, e no científico, onde estudou Carlos Drummond de Andrade. Fez vestibular para Jornalismo na UFMG e passou em sétimo lugar. Antes de completar um mês na Faculdade lançou um jornal chamado Flã, que durou dois números e entrou para a história.
Um dia, comprou um carrinho de frutas e foi vender maçãs, uvas, peras, bananas e abacaxi na praça mais chique da cidade. O carrinho funcionava 24 horas e foi assim que juntou dinheiro para voar para Paris, já que estava de saco cheio da ditadura militar.
Acreditava que isto aqui estava um inferno e Paris era uma festa.
[continua na semana que vem]
[Crônica publicada no site da revista Carta Capital]
http://www.cartacapital.com.br
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