A confusão com o calendário escolar é grande desde o início da pandemia
As ameaças de um golpe disfarçado em democracia feitas por Bolsonaro agora são semanais
Na foto em destaque na primeira página, Rebeca Andrade, duas medalhas em uma única edição das Olimpíadas
Os quadrinhos de Alison Bechdel na capa da Ilustrada
Com os olhos na telinha, já era esperado este diagnóstico
O desespero de Bolsonaro pela reeleição é cada vez maior
O presidente vai fazer o possível e o impossível para não largar o osso
Ela, Rebeca Andrade, é a foto em destaque na primeira página
A ordem nos bastidores do Planalto é esta: temos que ganhar as eleições, custe o que custar
É amanhã. E promete!
Olha a Rebeca vibrando na foto em destaque na primeira página
O Globo foi generoso com Bolsonaro, procurando um ângulo para dar a impressão de multidão
O jornal francês Le Monde expõe o desespero de Bolsonaro pelo voto auditado
Depois da biografia de Tom Zé, o italiano Pietro Scaramuzzo conta a história da Tropicália no livro sobre a revolução musical no Brasil dos anos 60. Página inteira na Il Venerdì
Na capa da revista semanal de informação alemã Der Spiegel, o longo convívio que os infectados pelo coronavírus terão pela frente
Na capa da M, revista do Le Monde, a foto de um jantarzinho com a presença na mesma mesa de Mick Jagger, Willian Burroughs e Andy Warhol
Na capa do Babelia, suplemento literário do jornal El País, a cultura cubana nos tempos de protestos
Na capa da La Croix Hebdo, revista católica francesa La Croix Hebdo, a solidariedade dos franceses nos tempos de pandemia
Ciro Nogueira, quem diria, coloca o Centrão pra comandar o Brasil
Ney Matogrosso, na capa da Vogue Brasil, que chega hoje às bancas
Filme triste
Eram apenas o urso panda, o mico leão dourado e a ararinha azul. De tempos em tempos eles apareciam nas páginas dos jornais, nos documentários das televisões, correndo risco de desaparecimento. A ararinha azul surgia frequentemente voando ou pulando de galho em galho no Globo Repórter.
O dodô, pobre coitado, sumiu do mapa faz tempo. Um pássaro gigante que habitava as Ilhas Mauricio e que não sabia voar. Tem um exemplar, me lembro bem, empalhado no Museu de História Natural de Londres, guardado a sete chaves numa cristaleira colonial.
A lista de animais em extinção sempre foi grande e assustadora. O lobo-guará, a baleia-fin, o pinguim-africano, o peixe-boi-marinho, todos correndo risco de sumir para nunca mais. A onça pintada entrou na lista e se os homens continuarem atrás dela, em breve só vai existir aquela na linda canção de Alceu Valença.
O homem perdeu o juízo.
O Pantanal está em chamas, a Amazônia virando deserto, os rios secando. As imagens assustam. Tamanduás estorricados, onças com as patas queimadas, tuiuiús desnorteados e araras batendo em retirada.
A terra está em pânico e não é de hoje. Desde que arrancaram os olhos do assum preto pra ele assim cantar melhor.
Aqui, do alto da maior cidade da América do Sul, temo pela vida do tatu-bola, da aranha-caranguejeira, do vaga-lume, do tigre de bengala, do canário-chapinha, da foca, do tico-tico comendo o meu fubá.
Tem anos que não vejo um rinoceronte, uma girafa, um elefante, um dromedário, uma pulga. Tem décadas que não vejo um tucano do bico preto, um pica-pau imperial, um caburé de Pernambuco, um kakapo, um quetzal.
Me pergunto onde será que andam aqueles pássaros do Francis Hime? O pintassilgo, o pintarroxo, o melro, o uirapuru. Cadê da saíra, o inhambu, a asa branca, a patativa, o tuju, o tuim, o tiê-sangue, o tiê-fogo, o rouxinol, o colibri?
Eu criava passarinhos em gaiola e não crio mais. Ia aos domingos no zoológico dar pipoca aos macacos e não vou mais. Matava pardal com estilingue e não mato mais. Hoje, se organizarem uma manifestação no vão do Masp para libertar todos os bichos presos no zoológico, eu vou.
Talvez São Paulo tenha me deixado tão apreensivo. Vivo apenas entre um bando de maritacas saltitantes e barulhentas numa árvore em frente ao meu prédio, meia dúzia de rolinhas ciscando na Praça Cornélia e muitos pombos espalhados pela cidade.
Só isso.
Saudade de Mario Quintana. Eles passarão, eu passarinho.
Crônica publicada no site da revista Carta Capital cartacapital.com.br
A exposição de Miguel Rio Branco no Instituto Moreira Sales, em São Paulo, vai até o dia 22 de agosto
The Beatles (1968), Gonzaguinha (Começaria tudo outra vez…, 1976), Rolling Stones (Beggar’s Banquet, 1968), Caetano Veloso (1969), Maria Bethânia (Noturno, 2021) e Walter Franco (1973), todos um dia pensaram em lançar um disco com a capa branca.
Oi Villas
Bom dia.
Como vc. bem diz no texto, os artistas citados “um dia pensaram em lançar um disco com a capa branca”.
Faltou mencionar um caso ímpar: o Chico não quis, mas teve um LP de capa branca, na marra.
Ele pensou uma capa linda, CALABAR!
E tudo que conseguiu, naqueles duros anos de ditadura, foi uma capa branca, com seu nome embaixo. Anos depois, a Polygram ainda colocaria uma foto do Chico com boné nessa capa, pra “esconder” a vergonha, até que a capa original fosse liberada pela censura e estampada já na versão CD.