A gente vira a chave quando bate os olhos nas casas de Galinhos, no Rio Grande do Norte. A gente que cultua os traços de Oscar Niemeyer, as ideias geniais de Lina Bo Bardi, a perfeição de Paulo Mendes da Rocha, de Zaha Hadid, as curvas de Le Corbusier ou retas de Frank Lloyd Wright, fica pensando quem são os arquitetos de Galinhos, os caras que desenham essas casinhas, escolhem as combinações de cores, os traços, as formas. Mesmo com o calor de um Saara e as areias escaldantes de um deserto de Lut, no Irã, não tem como não estancar diante delas e ficar admirando, sonhando com o interior de cada uma, a simplicidade como meio de vida. As flores de plástico sobre a mesa de jantar, o oval das fotos coloridas dos ancestrais na parede, o sofá encapado para não sujar de pó, a colcha de fuxico na cama, o liquidificador Walita dos anos 1970, a geladeira Gelomatic com pontinhos de ferrugem nos cantos, as roupas comuns dependuradas nos varais. São lindinhas as casas de Galinhos, mesmo aquelas já meio ruínas, esperando um dinheiro do açaí entrar no alto verão para uma reforma mais caprichada.
texto/fotos Alberto Villas
Ola Villas, tudo bem?
Tenho sentido falta do SOL no meu email. Vc não tem mais publicado o SOL? Só newsletter?Está de férias? beijinhos, Paula
Oi Paula. Sim, até o dia 22 estou de férias. Avisei aos leitores, talvez tenha te escapado.
Dia 22 volto com as baterias recarregadas. Beijo