O SOL/SEGUNDA-FEIRA/06.12.21

O general Heleno deu carta branca pros garimpeiros

Resumindo: Moro diz que é candidato à presidência da República

Na foto em destaque na primeira página, a quebradeira de coco de babaçu, no alto dos seus 89 anos, ainda em atividade

Se cuida, Super-Homem!

Tiago Iorc, nu e cru na capa da Ilustrada

Pra quê investir na Educação?

Doria só não disse se na primeira ou segunda divisão

A força da grana que ergue e destrói coisas belas

A primeira edição do clássico de Euclides da Cunha foi arrematada por 143 mil reais

O ano novo já pode ser chamado de o ano da inadimplência

A Bienal do Livro do Rio bate recordes de venda

O Globo dá na primeira página, o que a TV Globo finge não existir mais, desde que perdeu os direitos pra Bandeirantes

Para a vida e para a morte. A volta da pandemia, na capa da revista alemã de informação Der Spiegel

A revista francesa Front Populaire pergunta: Direita e Esquerda estão ameaçadas de extinção?

A britânica New Scientis sugere: trabalhe para o bem o seu estresse

Sou do tipo que, já na primeira semana de dezembro, sai atrás de calendários. Quero me adiantar e ver os feriados do ano novo, os aniversários, que dia cai o Carnaval, o Natal do ano que vem. Quero logo ver se fevereiro vai ter 28 ou 29 dias pra saber se o cartunista Jaguar vai ter um dia pra chamar de seu no ano novo.

Pequeno, curtia a Folhinha de Mariana. Gostava de conferir o dia de cada santo e os dias de chuva fina, temporal a melhor época para semear e colher, mesmo não sendo do agronegócio.

Gostava também daquele número especial de uma revista que trazia o horóscopo do Omar Cardoso pro ano inteiro. Ficava sabendo que em janeiro ia faltar grana mas, em compensação, em agosto, mês do meu aniversário, grandes chances de ganhar uma bolada. Quais eram os melhores dias para o amor, para o trabalho, para as realizações, estava tudo ali.

Era desse clima de adeus ano velho, feliz ano novo que eu gostava. Gostava mais do que Papai-Noel, árvore de Natal, amigo oculto, peru, rabanada, panetone, nozes, castanhas, arroz com passas.

Já vivi meio século do século passado e estou quase completando um quarto deste. Idoso, ainda curto folhinha, calendários de bolso, agenda de papel cheirando a novo, mas a revista do Omar Cardoso que eu gostava tanto, é coisa do passado.

Todo fim de ano, faço as contas, releio anotações, organizo uma lista enorme de quem morreu e uma pequena listinha de quem veio ao mundo, quem chegou pra alegrar os nossos dias.

Prometo regimes, voltar a estudar a fundo o inglês, visitar mais minhas tias idosas, não assistir o BBB, não ficar chateado se o América Mineiro cair pra segunda divisão.

Sei lá, não estou botando muita fé nesse ano de 2022, que ainda está no forno. Aí eu me pergunto:

Será que vamos comemorar o centenário da Semana de Arte de 22?

Será que Chico Buarque vai lançar disco novo?

Será que a inflação vai baixar?

O desemprego vai diminuir?

Será que vamos comemorar os duzentos anos da nossa Independência?

Será que vamos ganhar a Copa do Mundo de Futebol no Catar?

Vai ter terremoto no México?

A Fernanda Gentil vai estrear programa novo?

A Amazônia vai continuar sendo devastada.

O Pantanal vai secar?

Será que a polícia vai continuar matando pretos e pobres?

Será que os homens vão continuar esfaqueando as mulheres?

Será que a pandemia vai passar?

Será que Lula vai ganhar as eleições presidenciais?

Será que vamos nos livrar dessa praga chamada Jair Bolsonaro?

Pensando bem, será que vai ter 2022?

[www.cartacapital.com.br]

Uma boa reportagem do suplemento L’Époque, do Le Monde, mostra que os jovens sonhavam com um outro mundo

Em página dupla, O Globo revelou que a filha de Leila Diniz vai produzir um documentário sobre a atriz morta em 1972, a partir dos diários que ela deixou

O Globo revela o que há por trás das milícias que comandam o Rio de Janeiro

Em quatro músicas inéditas e cinco regravações, Arnaldo Antunes, aqui com o pianista Vitor Araújo, fazem um disco delicado e muito romântico

NOTA ZERO

Para o Lady Night de Tatá Werneck com a tal Juliette. Perguntas tolas e na maioria das vezes escatológicas, para respostas ainda mais tolas e vazias. Quando chega ao fim do programa, perguntamos: por que ficamos aqui até agora vendo essa bobagem? E olha que O SOLl já deu nota 10 para o Lady Night um dia.

Vale a pena ver a entrevista de Lula ao Poder Pah, que bateu todos os recordes na Internet

Como assim UOL? Tem que ser estrangeiro que nasceu fora do Brasil?

O site do Notícias da TV, para não repetir o nome de Tatá Werneck, passa a chamá-la, no segundo parágrafo, de mãe de Clara Maria. É o mesmo que chamar Jair Bolsonaro de o filho de Geraldo.

Na edição de domingo da Folha, três páginas com matérias que não são matérias, são propagandas

O Globo precisa dar um espaço maior para o cartum de Chico Caruso, na primeira página. As charges são tão pequenas que mais parecem emojis.

 

 

 

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