folha de s.paulo

Todos nós sabemos que em épocas de vacas magras, como Carnaval e Natal, jornais e revistas emagrecem. Com a publicidade minguada, páginas de conteúdo são eliminadas. Foi o que aconteceu nesses últimos quatro dias com o jornal “Folha de S.Paulo”, por exemplo. O jornal eliminou cadernos, suplementos e colunas como se o leitor, nesses dias de folia, não se importasse com conteúdo. Além de eliminar páginas, fez um verdadeiro “samba do criolo doido” (já que é carnaval) unindo, por exemplo, Carnaval com Cotidiano e com esporte. Sem contar a Ilustríssima que foi parar dentro da Ilustrada, juntamente com a Folhinha. E o Poder que se juntou ao Mercado e a Ciência. E sem contar também que, no domingo, a revista “São Paulo” simplesmente desapareceu do jornal. Se os editores acreditam que nesses dias de confete e serpentina, ninguém quer ler notícia de verdade, porque então publicar, como publicou no sábado, no domingo e na segunda, manchetes principais como essas?

Sábado, 14

Domingo, 15

Segunda, 16

Quem vem acompanhando a “Folha” nesses últimos tempos, tem percebido o emagrecimento assustador do jornal e começa a desconfiar que a doença é grave e pode levá-la à morte. Eliminaram cadernos como “Folhetim”, “Folha D”, “Folha Viva”, “Sinapse”, “Equilíbrio”, “Tec” Folhateen,” “Ciência”, “Mais”, entre outros. Argumentam que alguns deles não foram eliminados, foram “incorporados”. Com isso, a gente tem visto uma matéria de tecnologia com o logo “Tec”, como se fosse um caderno. A gente vê uma matéria de comportamento com o logo “Equilíbrio”, como se aquilo fosse um caderno. Na verdade, uma enganação que o leitor vem percebendo e, automaticamente, abandonando o jornal. Domingo passado, fui conferir na coluna da ombudsman do jornal se, por acaso, ela não estaria falando desse emagrecimento do jornal. Sabe o que aconteceu? Não tinha a coluna da ombudsman. Em resumo: Morte anunciada.